12 agosto 2010

OGX anuncia descoberta de gás em poço no Maranhão

A OGX Petróleo e Gás anunciou hoje que identificou, por meio de sua subsidiária OGX Maranhão, a presença de gás no poço 1-OGX-16-MA, no bloco PN-T-68, na bacia terrestre do Parnaíba, no Maranhão. A OGX Maranhão - sociedade formada entre a OGX (66,6%) e a MPX Energia (33,3%) - é a operadora e detém 70% de participação no bloco. A Petra Energia possui os 30% restantes.

"Esta descoberta abre uma nova fronteira exploratória em uma bacia terrestre, fato que não ocorria há aproximadamente duas décadas no Brasil", afirmou em comunicado o diretor geral da OGX, Paulo Mendonça. De acordo com a empresa, já foram mapeados em torno de 20 novos prospectos, "sinalizando para o altíssimo potencial desta região da bacia, na qual a OGX Maranhão detém 7 blocos, totalizando aproximadamente 21.000 km²".

OGX volta a encontrar petróleo na Bacia de Campos

A OGX - braço petroleiro do grupo do empresário Eike Batista (EBX) - anunciou hoje que identificou hidrocarbonetos em duas seções no poço OGX-18, localizado em águas rasas da Bacia de Campos, a aproximadamente 95 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.

Segundo a empresa, a perfuração está situada a 2 quilômetros do poço OGX-14, que teve o potencial de óleo revisto para cima no mês passado. A descoberta na chamada seção albiana - onde foi identificada uma coluna de hidrocarbonetos de aproximadamente 12 metros - está 56 metros estruturalmente acima desse poço, o que indica um volume de petróleo potencialmente superior ao já encontrado no bloco exploratório, onde a OGX tem uma participação de 100%.

"Esse resultado reforça a atratividade desta região mais ao norte da Bacia de Campos, que pode representar uma nova província de grande importância para a nossa companhia", disse Paulo Mendonça, diretor geral da OGX, sobre as descobertas no poço 18.


Petroleiro relata vazamento de gás na P-33

A Petrobras garantiu que, apesar da falha operacional, não houve qualquer risco de vazamento de gás natural ou óleo. Segundo Breda, porém, um petroleiro que atua nas plataformas da Bacia de Campos e que já esteve na P-33 contou que houve um vazamento de gás em 19 de maio, no ponto em que o duto de gás é conectado ao navio. Mas os sensores que detectam vazamentos e que fecham os poços imediatamente não funcionaram.

- O sensor foi ativado manualmente, e as válvulas de segurança também. O vazamento foi detectado pela nuvem e pelo barulho, o sensor não funcionou - disse.

No dia 19 de julho, a Marinha esteve na P-33 para realizar uma vistoria nos equipamentos. Segundo a estatal, em 3 de agosto fiscais da SRTE/RJ foram à plataforma acompanhados de representantes do Sindipetro NF. Em decorrência das vistorias, foi realizada uma reunião no último dia 5, informou a Petrobras.


Plataforma da Petrobras: segundo sindicato, até bote de resgate está desativado, mas estatal não vê risco

Fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Marinha desembarcam nesta quarta-feira na plataforma P-33 da Petrobras, situada no Campo de Marlin, na Bacia de Campos. Eles vão avaliar as condições operacionais e de segurança do local , que apresentou problemas em equipamentos, como o filtro de óleo lubrificante, levando funcionários da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) a pedirem sua interdição.

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF) protocolou nesta terça-feira novas denúncias sobre as condições de manutenção das plataformas da Petrobras na Bacia de Campos na ANP, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, na Marinha e no Ministério Público do Trabalho, entregando a ata da reunião que houve no sábado com mais de cem trabalhadores da P-33. Segundo o diretor de Comunicação do sindicato, Marcos Breda, até o bote de resgate está desativado:

- Isso dificulta o resgate se algum trabalhador cair no mar. Se a plataforma precisar ser evacuada, há somente os barcos de apoio para fazer o trabalho.

A Petrobras negou que tenha havido uma explosão na plataforma no mês passado . O que ocorreu, segundo a empresa, foi uma falha operacional no dia 14 de julho, que teria resultado "na avaria de um duto de ar quente, em um local sem a exposição de pessoas". Em nota, a Petrobras disse ainda que "exerce suas atividades de exploração e produção com austera política de segurança, meio ambiente e saúde" e que "impõe rigor técnico nos aspectos relacionados aos equipamentos e à capacitação de pessoal". Segundo a estatal, suas atividades atendem rigorosamente às exigências feitas pelos órgãos reguladores e entidades classificadoras.

Plataforma P-35 teve princípio de incêndio nesta quarta-feira

Um princípio de incêndio atingiu a Plataforma P-35 da Petrobras na Bacia da Campos na manhã desta quarta-feira. Segundo a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro, o problema ocorreu na saída de vapores da plataforma e foi causa pelo gotejamento de condensado de vapores de água e hidrocarbonetos sobre o revestimento térmico da Torre Regeneradora de Glicol (equipamento que faz parte do tratamento de gás na unidade).

A Petrobras confirmou o incidente na plataforma P-35, na Bacia de Campos. Segundo a empresa, o princípio de incêndio foi rapidamente controlado pela tripulação, sem deixar vítimas ou causar danos ambientais.

Técnicos da Diretoria de Portos e Costas e da Capitania dos Portos vão realizar na manhã desta quinta-feira, às 9h, uma perícia na plataforma, para buscar as causas do acidente. A Petrobras destacou que a visita de inspetores e vistoriadores na P-35 é praxe após incidentes como esse.

Nesta quarta-feira, petroleiros deram ínicio a uma manifestação em frente ao prédio da Petrobras , na Avenida Chile, no Centro do Rio. Segundo nota do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo no Estado do Rio de Janeiro, quatro petroleiros se acorrentaram aos portões do edifício sede da empresa como parte da campanha por aumento salarial da categoria.

Ministério do Trabalho aponta irregularidades na P-33

Em meio à polêmica sobre as condições de segurança na plataforma P-33 da Petrobras, sediada no Campo de Marlin, na Bacia de Campos, o Ministério do Trabalho divulgou um relatório parcial sobre o local.

A inspeção feita na plataforma P-33 em 3 de agosto encontrou 11 situações de risco para a atividade dos petroleiros e resultou em cinco autos de infração à Petrobras, além da interdição de três filtros de óleo lubrificante por falta de válvulas de segurança, segundo nota divulgada pelo órgão na noite desta quarta-feira. O relatório ainda é parcial e não detalha as irregularidades ou as punições.

Os fiscais encontraram avarias no sistema de descarga de gás de um maquinário, vazamento de vapor no separador de água e óleo em um trem de produção, um manômetro de pressão quebrado e equipamento com identificação ilegível.

Relataram também que, em pontos isolados, o piso e o guarda-corpo (grade de proteção contra queda) da plataforma estavam em estado de corrosão. Também registraram que problemas de drenagem, causados por entupimento do sistema por areia vinda de alguns poços, ajudam a espalhar água nas áreas de trabalho, que se mistura ao óleo e "leva a risco de quedas por escorregamento".

Os fiscais detectaram uso de vaso de pressão sem válvula de segurança ou com instrumento de controle "sem boas condições operacionais", o que rendeu dois autos de infração. A fiscalização constatou ainda "pórticos corroídos, calhas quebradas e fiação correndo sobre cavaletes", além de grades de pisos do turret (ligação entre os dutos que vêm do fundo do mar e os da plataforma) com trechos substituídos por tábuas de madeira, sem haver interdição de passagem.