19 março 2010

Shell prevê aumento de produção até 2012 e aposta na Bacia de Campos

A companhia de petróleo anglo-holandesa Royal Dutch Shell anunciou nesta terça-feira que pretende aumentar a produção de combustíveis em 11% até o fim de 2012, e manifestou confiança nas perspectivas de longo prazo após um ano de 2009 marcado por uma taxa de renovação recorde das reservas, graças, em grande parte, à exploração de petróleo na Bacia de Campos.

Na apresentação anual de sua estratégia, a companhia indicou que esperava aumentar a sua produção de hidrocarbonetos (petróleo e gás) até os 3,5 milhões de barris diários em 2012, ou seja 11% a mais do que em 2009.

A Shell acrescentou 3,4 bilhões de barris de hidrocarbonetos às reservas. Se for extraída a produção do ano passado (1,2 bilhão de barris), suas reservas constatadas sobem 2,2 bilhões para totalizar 14,1 bilhões de barris.

Isso representa uma taxa de substituição das reservas de 288% em 2009, o que significa um recorde para o grupo anglo-holandês.

O aumento ocorreu graças, em grande parte, ao campo BC-10, conhecido também como Parque das Conchas, localizado em águas profundas na bacia de Campos, onde a Shell começou a produzir em meados do ano passado.

A longo prazo, a Shell informou que confia nas perspectivas de crescimento e explicou que estava avaliando mais de 35 novos projetos que correspondem a cerca de 8 bilhões de barris de petróleo, o que deverá assegurar um aumento de sua produção até 2020.

Estas previsões estão no caminho do objetivo anteriormente anunciado pela companhia de aumentar a produção a um ritmo de entre 2 e 3% anual.

Petrobras anuncia descoberta de petróleo leve na Bacia de Sergipe

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16/3) a descoberta de uma acumulação de petróleo leve em reservatórios localizados na Bacia de Sergipe. Segundo informações da empresa, estimativas preliminares indicam a presença de petróleo leve de excelente qualidade.

A descoberta se deu a partir da conclusão da perfuração de um poço exploratório localizado no pós-sal da área de Piranema.

O volume de petróleo economicamente recuperável é estimado em 15 milhões de barris. O poço está localizado a 2.693 metros de profundidade.

De acordo com a Petrobras, o poço exploratório foi perfurado no extremo norte da área de concessão de produção de Piranema, a cerca de 28 quilômetros do litoral de Sergipe.

Por causa da existência de uma infraestrutura completa de produção e escoamento na área, a companhia estuda a possibilidade de interligar o poço que originou a descoberta a uma plataforma de produção, que já opera no Campo de Piranema.

A descoberta será objeto de avaliações adicionais para melhor entendimento do reservatório e perfuração de um segundo poço produtor.

Segundo a estatal, a descoberta é fruto da estratégia exploratória de intensificar os trabalhos próximos a campos em produção “a exemplo do que foi feito nos campos de Pampo e Barracuda em 2010, e visa a aproveitar a capacidade das instalações existentes, diminuir os custos de produção e agilizar a produção de novos volumes de óleo”.

Fonte
Site: Agência Brasil

Lula diz que não vai interferir no debate sobre os royalties do petróleo

O governo federal não intervirá na crise instalada no Congresso por causa do modelo de divisão dos royalties do petróleo. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, jogou para os próprios parlamentares a responsabilidade em encontrar uma proposta consensual para o tema, durante entrevista ontem, na Jordânia. Desde a semana passada, deputados e senadores se digladiam pela modificação das regras de distribuição dos recursos obtidos com a exploração do óleo. O desejo do Palácio do Planalto era empurrar a discussão para depois das eleições, mas deputados e senadores insistem em atrelar a questão ao marco regulatório do pré-sal, que precisa ser votado em, no máximo, 45 dias. No epicentro da polêmica estão recursos que somaram quase R$10 bilhões no ano passado.

Desde o estopim da crise dos royalties, com a aprovação da emenda dos deputados federais Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG), na semana passada, o Palácio do Planalto buscou intervir de forma tímida na polêmica. Líderes do governo no Congresso chegaram a garantir que o presidente vetaria a emenda aprovada na Câmara, mas ele preferiu não antecipar uma decisão. “Eu já cumpri a minha parte. Apresentei (a proposta sobre o tema) como o resultado de um acordo. A bola agora está com o Congresso”, devolveu Lula.

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tentou negociar uma saída para a questão com lideranças do governo e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Sobre a mesa, Padilha trouxe o prazo de pouco mais de um mês para que o Senado aprovasse o marco regulatório do pré-sal, que tramita em regime de urgência. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), levantou a possibilidade de adiar a discussão em torno dos royalties para o ano que vem e votar o restante do projeto. A proposta não agradou às bancadas dos estados não produtores, maioria tanto na Câmara quanto no Senado.

Fonte
Site: Correio Braziliense

Lula teme que royalty prejudique Dilma

O governo Lula teme que a polêmica dos royalties contamine a disputa eleitoral, prejudicando a candidata Dilma Rousseff (PT), e pode jogar a votação desse tema para depois da eleição presidencial.

A estratégia, defendida pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), é votar o modelo de partilha de produção na exploração de petróleo até o final do semestre, mas retirando do projeto a questão da distribuição dos royalties entre os Estados produtores e não produtores.

Nesse caso, o governo se comprometeria a encaminhar no final do ano ao Congresso um novo projeto tratando apenas dos royalties -tributo cobrado na exploração de petróleo, cuja alíquota atual é de 10%, mas pode subir para 15%.

A questão dos royalties se transformou numa disputa entre Rio e Espírito Santo, de um lado, e os demais governadores, do outro, depois de aprovada uma emenda na Câmara que prejudicou os Estados produtores de petróleo.

De autoria do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), a emenda definiu que a distribuição dos royalties passaria a obedecer aos critérios dos fundos de participação dos Estados e municípios. Com isso, deixaria de existir a regra atual que beneficia os Estados produtores, que recebem mais por conta dos efeitos causados em suas regiões pela exploração de petróleo.

Segundo levantamento divulgado pelo Rio, o Estado perderia a liderança na arrecadação dos royalties e passaria a figurar na 22ª posição.

Fonte
Site: Folha de São Paulo

Ato por royalties termina em festa com samba e funk

‘Estamos de parabéns. Foi uma demonstração de amor ao Rio’, diz Cabral.
Organizadores calculam 200 mil, enquanto PM estima público em 150 mil.

Aos gritos de “O petróleo é nosso, haha, huhu” e debaixo de chuva, os manifestantes reunidos na Cinelândia, no Centro do Rio, transformaram o ato de protesto contra as mudanças na legislação dos royalties do petróleo numa festa ao som de funk e samba, na noite desta quarta-feira (17).

Artistas e políticos do Rio e do Espírito Santo estiveram na passeata que, segundo a avaliação da Polícia Militar, reuniu 150 mil pessoas. Mais cedo, a PM chegou a dizer que cerca de 80 mil pessoas compareceram ao evento. No entanto, segundo a PM, esse número era preliminar. Os organizadores estimaram público de 200 mil pessoas.

No palco e no asfalto, famosos também engrossaram o coro do protesto: a apresentadora Xuxa, a atriz Letícia Spiller, o cantor Toni Garrido, o sambista Neguinho da Beija-Flor, a bailarina Ana Botafogo, o funkeiro MC Sapão, a cantora Fernanda Abreu, o coreógrafo Carlinhos de Jesus, o presidente da Mangueira, Ivo Meirelles, e o grupo de funkeiros “Os Havaianos” estavam entre os que protestaram contra o corte nos royalties do petróleo.

Caro Leitor,
Com tudo isso que pudemos ler, com todo o carnaval que foi feito, com toda manipulação da população carioca, com toda essa balbúrdia, será que valeu a pena, será que a "manifestação" conseguirá o resultado esperado?

Este fato mais uma vez me leva a lembrar da triste política do pão e circo (Na Roma antiga, a escravidão na zona rural fez com que vários camponeses perdessem o emprego e migrassem. O crescimento urbano acabou gerando problemas sociais e o imperador, com medo que a população se revoltasse com a falta de emprego e exigisse melhores condições de vida, acabou criando a política “panem et circenses”,  a política do pão e circo. Este método era muito simples: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu) e durante os eventos eram distribuídos alimentos (trigo, pão). O objetivo era alcançado, já que ao mesmo tempo em que a população se distraia e se alimentava também esquecia os problemas e não pensava em rebelar-se. Foram feitas tantas festas para manter a população sob controle, que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano.).

Organizados somos levados ao matadouro, para sermos abatidos sem dó nem piedade, mas antes da morte crucial, somos impelidos a participar de uma escolha já escolhida!

Entendam, esse tipo de manifestação, não representa a voz dos interessados,  representa sim, o interesse daqueles que controlam os controlados ou, lideram os liderados!

Nunca uma brincadeira poderá ser levada a sério, afinal é somente uma brincadeira!