21 junho 2010

Acergy compra Subsea 7

A Acergy anunciou nesta segunda-feira (21/6) a compra de parte do capital da Subsea 7. A nova companhia a ser criada terá 54% de participação da Acergy e 46% da Subsea 7. A nova companhia, que vai adotar o nome da adquirida Subsea 7, nasce com um valor de mercado de US$ 5,4 bilhões e projetos em carteira que somam US$ 5,3 bilhões. As duas empresas esperam sinergia anual de US$ 100 milhões com o fechamento do negócio.

A conclusão da operação está prevista para o final deste ano ou para o primeiro trimestre de 2011 e estará sujeita à aprovação dos acionistas das empresas, bem como ao aval de órgãos reguladores. A relação de troca entre as ações das empresas será de 1.065 ações da Subsea 7 para uma ação da Acergy.

O Conselho da empresa será presidido pela atual diretor da Subsea 7, Kristian Siem. A diretoria executiva será formada pelo CEO Jean Cahuzac, pelo diretor de Operações, John Evans e pelo diretor Financeiro, Simon Crowe.

Funcionário da BP diz que plataforma apresentou defeito dias antes da explosão

Um funcionário da plataforma de exploração de petróleo Deepwater Horizon, que explodiu no Golfo do México e causou o pior desastre ambiental da história americana, disse à BBC que identificou um vazamento no equipamento de segurança da plataforma semanas antes da explosão.

Em uma entrevista que vai ao ar nesta segunda-feira, Tyrone Benton afirmou que, apesar do aviso, os responsáveis pela plataforma decidiram simplesmente desligar o aparelho de segurança em vez de consertá-lo. Um segundo equipamento foi acionado.

A plataforma explodiu em 20 de abril passado, causando a morte de 11 funcionários. A BP afirma que a proprietária da plataforma, Transocean, é responsável pela operação e manutenção do equipamento.

A Transocean, por sua vez, afirma que testou a válvula de segurança três dias antes da explosão e que, na ocasião, o dispositivo funcionava.

As entrevistas serão exibidas nesta segunda-feira no programa Panorama, da BBC.

Site aponta demanda do setor, de arruelas a cabeças de poço

Ao longo dos próximos seis meses, a indústria brasileira de petróleo e gás vai precisar de 142 mil toneladas de tubos de aço, 211 âncoras, 66 caldeiras, 50 cabeças de poço e 41 guindastes. Mas também terá de arranjar 224 mil arruelas, pouco mais de 1,3 milhão de parafusos e quase 1,7 milhão de porcas. Esses e outros 200 itens são listados no Portal de Oportunidades do Prominp, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural. No site, empresas de todos os tamanhos podem conferir quais são as demandas do setor de hoje até 2014.

Além de capacitar dezenas de milhares de trabalhadores, o Prominp também tem o objetivo de garantir a participação massiva de empresas brasileiras na expansão da indústria petroleira nacional. O processo pelo qual um fornecedor tem de passar para vender produtos e serviços a empresas como a Petrobras não é simples nem barato, mas os números mais recentes sugerem que os empresários brasileiros estão chegando lá. Do total de US$ 31,2 bilhões investidos pela estatal em projetos no Brasil em 2009, US$ 23,5 bilhões – 75% do total – foram encomendados à indústria local. Essa taxa supera com folga o índice de 57% de conteúdo nacional de 2003 e também a meta do governo federal, de 65%.

Despesa com vazamento de petróleo chega a US$50 bi

A companhia British Petroleum (BP) planeja levantar US$ 50 bilhões para cobrir as despesas com o vazamento de petróleo no Golfo do México, mais do que o dobro da quantia prevista inicialmente, segundo reportagem do jornal The Sunday Times, que não cita suas fontes. A câmara de diretores teria aprovado o plano na semana passada. A primeira etapa do levantamento de capital poderia ocorrer já nesta semana, com a venda de US$ 10 bilhões em títulos. A companhia também está discutindo com bancos a possibilidade de obter mais US$ 20 bilhões em empréstimos. O jornal relata que os outros US$ 20 bilhões devem ter origem na venda de ativos durante os próximos dois anos.

O The Sunday Times diz que a BP está acelerando o processo de levantar capital porque seus gastos com empréstimos podem aumentar bastante no futuro. As três maiores agências de rating rebaixaram a avaliação do crédito do grupo na semana passada, em meio a temores de que as despesas com o vazamento de petróleo no Golfo do México, o maior desastre ambiental dos Estados Unidos, poderiam chegar a US$ 100 bilhões.

O porta-voz da empresa Andrew Gowers não confirmou os detalhes do plano. "Continuaremos avaliando uma série de recursos de liquidez. A BP está maximizando e acumulando capital para conseguir lidar com os assuntos do Golfo", disse. Gowers lembrou que a BP suspendeu os pagamentos de dividendos aos acionistas e anunciou planos de levantar US$ 10 bilhões por meio da venda de ativos durante os próximos 12 meses.

Empresas querem trazer sondas para o Brasil

O Brasil é hoje o maior foco mundial de exploração marítima de petróleo, com 78 sondas contratadas, segundo os dados da Rigzone - 37 delas com capacidade para operar em águas profundas.

Com estimadas 35 sondas inativas no Golfo do México, o Brasil já está sendo consultado por empresas que querem trazer seus equipamentos para o País.

"O que é ruim para alguns pode ser bom para outros", disse Fernando Martins, vice-presidente para América Latina da GE Oil and Gas, que fornece serviço para empresas de perfuração.

"Como os operadores estão fechando pelo menos temporariamente no golfo dos EUA, algumas empresas planejam levar suas plataformas de perfuração para o Brasil agora", disse ele, sem dar detalhes.

De quem é a BP afinal?

O governo britânico é tão sensível à questão que o primeiro-ministro David Cameron ficou 30 minutos ao telefone lembrando o presidente americano Barack Obama que a BP é uma corporação global que há muito deixou de se chamar "British Petroleum".

Tudo bem. Isso pode ser verdade. Mas, para milhões de não britânicos, essa pode parecer uma distinção sem sentido. Não só a BP está baseada em Londres como, por um século, seus presidentes foram todos britânicos. Com certeza, para qualquer pessoa informada sobre suas operações no Oriente Médio, na Ásia Central, na África e nas Américas, a BP é tão britânica quanto a cerveja morna.

As queixas de que a BP faz mistério sobre suas operações também não são novidades. Nos países onde ela atua, a empresa adora responder às críticas com evasivas. Essa não é a história toda, mas esse comportamento britânico está enraizado em seu DNA corporativo.

Eis uma breve história da companhia. Três britânicos presidiram o nascimento da BP, em 1909: um empresário aventureiro chamado William Knox D"Arcy, um jovem membro do Parlamento chamado Winston Churchill e o maior "maníaco por petróleo" da Marinha Real, o almirante Sir John Fisher.

Pré-sal provoca boom de cursos de petróleo

Com as perspectivas de aumento da produção de petróleo no País, após as descobertas do pré-sal, cursos voltados para a formação de mão de obra para o setor proliferaram. Nos últimos dois anos, cerca de cem novos cursos superiores voltados à área foram criados no País, segundo o Ministério da Educação. São Paulo concentra a maior parte deles, seguido pelo Rio. Mas também há oportunidades em Estados como Espírito Santo, Amazonas e Bahia.

A maior parte dos cursos é para a formação de tecnólogos. São cursos de menor duração do que uma graduação tradicional, voltados exclusivamente ao mercado de trabalho. Mas, com esta formação, os profissionais ainda não são aceitos nas inscrições para vagas de nível superior em concursos da Petrobrás.

A grande procura por profissionais, especialmente por parte de multinacionais, também tem impulsionado a expansão de treinamentos e cursos livres. Com dificuldades para atender à demanda crescente, Samuel Pinheiro, diretor da Petrocenter, empresa que oferece cursos de capacitação voltados para o setor, teve de expandir a empresa. "Chegou a um ponto em que não tínhamos mais capacidade de atender a demanda", diz.

BP interrompe recolhimento de petróleo devido a problemas técnicos e meteorológicos

A petroleira British Petroleum informou que um de seus barcos que recolhe o petróleo da maré negra precisou interromper suas atividades na noite desta sexta-feira devido a problemas técnicos, e espera retomar a operação nas últimas horas deste domingo, depois que passar a ameaça de uma tempestade no Golfo do México.
Um problema técnico num dispositivo antifogo do Discoverer Enterprise interrompeu suas operações no início da madrugada de sábado. O navio tem capacidade de recolher entre 15.000 e 18.000 barris de petróleo.
Até esse problema, a BP estava recuperando 25.000 barris (4 milhões de litros) de petróleo por dia, segundo anunciou na sexta-feira Thad Allen, o comandante da Guarda Costeira americana.