29 setembro 2010

Petrolífera planeja construir maior estrutura flutuante do mundo


A gigante petrolífera Shell planeja explorar o campo de gás Prelude, a 475 quilômetros da costa da Austrália, por meio da construção de um gigante campo de extração de gás natural flutuante, projetado para ter 468 metros de comprimento.

Se for construída, a plataforma será a maior estrutura flutuante do mundo, com 10 metros a mais que o maior superpetroleiro do mundo, o Knock Nevis, que encerrou suas operações em 2009.



Sua movimentação irá deslocar 600 mil toneladas de água - quantiadade seis vezes maior que o volume de água deslocada pelo porta-aviões de propulsão nuclear da Marinha dos EUA USS Nimitz. Nenhuma plataforma flutuante de óleo ou gás chega perto disso.

Construir uma embarcação desta magnitude será um enorme desafio de engenharia, explica Mark Lambert, da Royal Institution of Naval Architects, em Londres. "É possível", diz ele, "mas teremos que ser muito cuidadosos sobre como ele se flexiona ao longo de seu comprimento, para que as rachaduras por fadiga sejam evitadas", afirma.

Se o governo australiano aprovar o projeto, após uma cuidadosa avaliação do impacto ambiental, a plataforma será construída em um estaleiro na Coreia do Sul e depois será rebocada para o campo Prelude, onde a Shell diz que poderá iniciar suas operações em 2015.

OGX confirma potencial produtivo de prospecto Ingá

A OGX, braço de petróleo e gás natural do grupo EBX, do empresário Eike Batista, finalizou o teste de formação do poço 1-OGX-18-RJS, do bloco BM-C-40, nas águas rasas da bacia de Campos, onde a empresa detém 100 por cento de participação.

O teste confirmou um potencial de produção entre 8 e 12 mil barris de petróleo por dia em poço vertical e de 25 a 35 mil barris por dia em poço horizontal. O óleo encontrado é de boa qualidade: 27 graus API.

Segundo o diretor geral da OGX, Paulo Mendonça, a tendência é produzir apenas no poço horizontal e o objetivo é começar o mais rápido possível.

"As modernas técnicas recomendam produzir no poço horizontal", disse Mendonça à Reuters, informando que está em plena negociação de equipamentos para iniciar a produção em Ingá. "Estamos correndo atrás", afirmou.

O poço OGX-18, conhecido como prospecto Ingá, foi perfurado até uma profundidade de 2.260 metros.

"A realização de mais um teste de formação nesta porção da bacia de Campos, atingindo altas produtividades, representa um importante passo na busca do conhecimento das características dos reservatórios...", afirmou em um comunicado a OGX, sem prever no entanto o início da produção.

A empresa informou ainda que a sonda Ocean Lexington, utilizada na perfuração deste poço e na realização do teste, será deslocada para o poço OGX-2, descoberta de Pipeline, no bloco BM-C-41, a fim de coletar informações adicionais dos reservatórios existentes.

A OGX prevê para 2011 o seu primeiro óleo, que será produzido no campo de Waimea, no bloco BM-C-43, na bacia de Campos.

Ecopetrol anuncia que encontrou petróleo na bacia de Campos

A estatal Empresa Colombiana de Petróleos (Ecopetrol) anunciou nesta terça-feira, em Bogotá, que provou a presença de petróleo dentro de um bloco marítimo da bacia de Campos (no estado do Rio de Janeiro) que explora em conjunto com a multinacional americana Anadarko.

O cru foi encontrado em um poço do chamado bloco BM-C-29, segundo a companhia colombiana, que indicou que até o momento não há mais informação.

"Estimativas e desenvolvimentos futuros estarão sujeitos aos dados adicionais que serão obtidos durante os trabalhos de prospecção que acontecerão durante os próximos meses", acrescentou a Ecopetrol, que é responsável por 60% da produção colombiana de hidrocarbonetos.

A estatal colombiana indicou que a presença de hidrocarbonetos no poço foi comprovada pela Anadarko como companhia operadora do bloco.

Esta foi a primeira vez que a Ecopetrol encontrou petróleo no exterior. A filial brasileira da companhia tem 50% da sociedade petrolífera formada com a norte-americana.

A companhia colombiana mantém atividades de prospecção e produção nos Estados Unidos e Peru, além do Brasil. EFE

Shell encontra petróleo no pré-sal


A petroleira anglo-holandesa Shell comunicou ontem à Agência Nacional do Petróleo (ANP) a descoberta de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos. É a primeira descoberta da companhia na maior província petrolífera brasileira, em concessão que fica entre as descobertas de Parati e Tupi, da Petrobrás, que tem entre 5 e 8 bilhões de barris em reservas estimadas.

Em comunicado oficial, a Shell disse que precisa analisar os resultados do poço antes de divulgar mais detalhes. A descoberta foi feita na concessão BM-S-54, arrematada pela empresa na 7.ª Rodada de Licitações da ANP, em 2005. Parte da concessão é composta por áreas devolvidas pela Petrobrás dos blocos BM-S-10, de Parati, e BM-S-11, de Tupi.

A área fica em frente ao município do Rio e, segundo dados enviados à ANP, o poço deve atingir uma profundidade final de 5,8 mil metros. "O próximo passo consistirá na realização de uma análise completa dos dados obtidos no poço", disse a empresa, no comunicado. A perfuração está a cargo da sonda Stena Drill Max e foi iniciada em agosto.

A Shell consta na ANP como detentora de 100% da concessão, mas a companhia informou que negociou a venda de 20% do projeto para a francesa Total, transação que depende ainda de aprovação da ANP. A Shell iniciou recentemente um processo de venda de participações no Brasil, com o objetivo de reestruturar seu portfólio e levantar recursos para projetos prioritários.