04 abril 2010

Derrame de petróleo ameaça maior recife de coral do mundo

Um derrame de petróleo procedente de um barco chinês encalhado desde ontem num banco de areia a 70 quilômetros da costa noroeste da Austrália aproxima-se da Grande Barreira de Coral, o maior recife do mundo.

Conta o jornal espanhol que, depois de alguns voos de reconhecimento, as autoridades marítimas australianas detectaram várias manchas de petróleo próximas de um barco.

As autoridades da Austrália, que já começaram a mover o barco em direcção ao porto mais próximo, alertam para a possibilidade de a embarcação se partir em dois.

O barco, chamado Shen Neng I, dirigia-se para o porto de Gladstone, no Estado de Queensland.

A Grande Barreira de Coral é o maior recife de coral do mundo, com uma extensão de cerca de 2.300 quilómetros, situada junto à costa nordeste do estado australiano de Queensland, sendo composta por cerca de 2.900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis de coral.

Venezuela e Rússia fecham acordo petrolífero bilionário no setor petroleiro

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, formalizaram um acordo petrolífero bilionário, nesta sexta-feira, para a criação de uma empresa binacional de produção e extração de petróleo na faixa petrolífera do rio Orinoco, no norte do país.

Estima-se que as reservas desta faixa petrolífera, ainda em processo de certificação, tenha capacidade de 513 bilhões de barris de petróleo, o que a tornaria a maior reserva de petróleo do mundo.

A parceria integra um conjunto de 31 acordos assinados pelos dois países durante a primeira visita do premiê russo à Venezuela.

A estatal venezuelana PDVSA e o consórcio russo conformado pelas empresas Rosneft, Lukoil, TNK-BP, Gazprom e Surgutneftgaz devem constituir uma empresa mista para operar no campo Junín 6 da faixa petrolífera. Venezuela e Rússia estudam ainda ampliar a parceria petrolífera a outros três campos da faixa do Orinoco.

O governo russo adiantou o pagamento de US$ 600 milhões ao governo venezuelano, como parte da entrada de US$ 1 bilhão que deve ser entregue para a constituição da empresa binacional.

No acordo de associação, PDVSA terá 60% das ações e o consórcio russo ficará com os outros 40%. O projeto final prevê a produção de 450 mil barris diários de petróleo pesado. A inversão prevista para o empreendimento é de US$20 bilhões no prazo de 40 anos.

Petrobrás treinará 207 mil profissionais

Para que a falta de mão de obra qualificada não emperre os planos da Petrobrás com o pré-sal, empresa e governo criaram o Programa Nacional de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo Gás (Prominp), que pretende formar nos próximos três anos 207 mil profissionais. A primeira fase deve qualificar 78 mil pessoas.

Os cursos são realizados em 15 Estados onde há projetos no setor, em parceria com 80 instituições de ensino profissionalizante. A formação oferecida vai desde o nível básico, com cursos do Senai, até nível superior, por meio das universidades públicas. "Nunca vi nada parecido com o que a Petrobrás está fazendo para formar mão de obra", disse o professor da Escola Politécnica da USP, José Roberto Cardoso.

Para participar dos cursos, é preciso passar por uma seleção. O interesse em que os candidatos estejam preparados é tanto, que a Petrobrás articula com prefeituras cursos básicos, de matemática e português, para que o candidato tenha o melhor aproveitamento. Os desempregados ganham bolsa para estudar. Com 25 estaleiros no País, a indústria naval emprega hoje 45 mil profissionais. Dez anos atrás, eram 2 mil pessoas.