08 novembro 2010

Exigência da Petrobras irrita Estados

A bilionária licitação para a construção no Brasil de um conjunto de até 28 sondas de perfuração de poços de petróleo, com custo total estimado em mais de US$ 22 bilhões, corre risco de parar nos tribunais. O Rio de Janeiro e o Espírito Santo ameaçam entrar com ações na Justiça para garantir a competência legal dos Estados no licenciamento ambiental dos estaleiros que vão construir as sondas. O tema criou polêmica e passou a envolver não só as empresas convidadas pela Petrobras a participar da licitação, mas também os governos dos Estados interessados nos projetos.

Três projetos de estaleiros - no Rio, no Espírito Santo e em Alagoas - correm para conseguir documentos que lhes garantam continuar na briga pelas sondas. Os empreendimentos pertencem às empresas Alusa Galvão, em Quissamã (RJ), ao cingapuriano Jurong, em Barra do Sahy, em Aracruz (ES), e ao Estaleiro Eisa Alagoas, no Pontal do Coruripe, na região sul alagoana. A sensação no mercado de produtores de peças voltados à indústria do petróleo é de que a Petrobras não conseguirá contratar, no prazo estipulado, todas as 28 sondas de perfuração no Brasil.

Petrobras assina contrato para as refinarias Premium

Começam a sair do papel, as refinarias Premium que a Petrobras pretende instalar no Ceará e no Maranhão até 2016. A estatal assinou o contrato com a empresa americana UOP, tradicional fornecedora de tecnologia na área de refino de petróleo, para fornecimento dos projetos básicos e de pré-detalhamento das duas unidades. De acordo com o comunicado da empresa, estes projetos contemplam dois trens de refino para a Premium I e um trem de refino para a Premium II, cada um com capacidade de processamento de 300.000 barris por dia de petróleo nacional. "Como os trens de refino serão iguais, isso proporcionará uma redução de custos de projeto e de instalação, além de diminuir os prazos de execução dos projetos" - afirmou a nota.

A Petrobras estabeleceu que os projetos deverão seguir padrões e normas internacionais, também respeitando as normas legais brasileiras. Os projetos de pré-detalhamento (FEED – Front End Engineering Design), apesar de responsabilidade da UOP, serão executados por empresas de engenharia brasileiras, garantindo a utilização de mão-de-obra nacional. Essa modalidade de contratação de projeto, centralizada em uma só empresa, garantirá a integração das múltiplas tecnologias e processos que envolvem uma refinaria, com alta qualidade, menores prazos e custos globais.