08 novembro 2010

Exigência da Petrobras irrita Estados

A bilionária licitação para a construção no Brasil de um conjunto de até 28 sondas de perfuração de poços de petróleo, com custo total estimado em mais de US$ 22 bilhões, corre risco de parar nos tribunais. O Rio de Janeiro e o Espírito Santo ameaçam entrar com ações na Justiça para garantir a competência legal dos Estados no licenciamento ambiental dos estaleiros que vão construir as sondas. O tema criou polêmica e passou a envolver não só as empresas convidadas pela Petrobras a participar da licitação, mas também os governos dos Estados interessados nos projetos.

Três projetos de estaleiros - no Rio, no Espírito Santo e em Alagoas - correm para conseguir documentos que lhes garantam continuar na briga pelas sondas. Os empreendimentos pertencem às empresas Alusa Galvão, em Quissamã (RJ), ao cingapuriano Jurong, em Barra do Sahy, em Aracruz (ES), e ao Estaleiro Eisa Alagoas, no Pontal do Coruripe, na região sul alagoana. A sensação no mercado de produtores de peças voltados à indústria do petróleo é de que a Petrobras não conseguirá contratar, no prazo estipulado, todas as 28 sondas de perfuração no Brasil.