28 maio 2010

Obama suspende exploração de petróleo nos EUA

Em entrevista na Casa Branca, o presidente Barack Obama, anunciou a interrupção de novas perfurações para a prospecção de petróleo no golfo e prorrogou por mais seis meses uma moratória para a exploração de petróleo na costa do Atlântico dos EUA, autorizadas em março deste ano. As medidas foram determinadas pouco depois de a diretora do Serviço de Gerenciamento Mineral, Elizabeth Birnbaum, responsável pelo setor de exploração de petróleo no governo, entregar seu cargo - a pedido do secretário do Interior, Ken Salazar -, intensificando a crise.
Obama disse que "estava errado" ao achar que as companhias de petróleo haviam se preparado para desastres como o do golfo. "Caso vocês queiram saber quem é o responsável, eu assumo toda a responsabilidade. É meu dever fazer de tudo para interromper o vazamento", disse o presidente, que viaja hoje para a região. Na avaliação do presidente, seu governo deveria ter sido mais ágil para combater "a relação corrupta" entre as agências regulatórias e a indústria do petróleo.

Sob pressão dos EUA, BP inicia selamento de poço

A empresa petrolífera britânica British Petroleum (BP) informou ontem ter iniciado uma complexa operação chamada “top kill”, para selar o vazamento de óleo em um poço que está causando um desastre ecológico sem precedentes no Golfo do México, há cinco semanas. Ao meio-dia, a Guarda Costeira americana deu luz verde à operação, pouco antes de o presidente Barack Obama afirmar que nem ele nem seu governo descansaria “até que o poço estivesse fechado, o meio ambiente recuperado e a limpeza tenha sido completada”. Segundo Kent Wells, um dos vice-presidentes da BP, a operação tem “entre 60% e 70%” de chances de ter êxito.

A intervenção, que segundo a BP deverá durar dois dias, consiste em injetar por alta pressão, a partir de uma embarcação na superfície do oceano, uma solução de água, matérias sólidas e barita (um mineral) em dois circuitos que conduzem à válvula de segurança do poço, de onde vazam petróleo e gás. Para Bruce Murray, engenheiro petroquímico, se a pressão aplicada no vazamento for forte, o material deverá conseguir empurrar o petróleo para trás até imobilizá-lo. Posteriormente, o plano é injetar cimento para selar o poço.