25 março 2010

Acidente com a Piper Alpha

Em 1988, quando a Plataforma Piper Alpha explorava petróleo no Mar do Norte, no Leste da Escócia aconteceu um enorme acidente, um vazamento de gás causado por falha humana. Mais uma vez é mister salientar, o que pode ocasionar uma falha humana.
Assista o vídeo e tente avaliar quanto poderia ser evitado, por um simples erro de procedimento.

Incrementando um pouco

Caro leitor,

A partir de hoje estarei implementando um novo tópico chamado, "Notícias em Inglês" ou seja, irei colocar semanalmente uma notícia retirada de um jornal inglês, que estará comentando dado assunto sobre petróleo e seus afins.
Mesmo que você não seja expert na leitura ou compreensão da língua inglesa, se esforçe ao máximo para tentar entender o que a notícia informa, porém se encontrar qualquer dificuldade, indico o tradutor do google como ajuda.

Então, você está preparado(a)?

Marcelo de Oliveira

Técnica inovadora analisa vestígios de petróleo à distância

Após a descoberta das reservas de petróleo na camada do pré-sal, na bacia de Santos, os esforços brasileiros concentraram-se, principalmente, na obtenção e produção de tecnologia capaz de extrair petróleo daquela região. Mas outras inovações tecnocientíficas importantes no campo da exploração do petróleo, que não miram necessariamente o pré-sal, também têm sido realizadas. É o caso da pesquisa premiada pela Petrobras, de Talita Lammoglia e de seu orientador, Carlos Roberto Souza Filho, ambos do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O trabalho abriu possibilidades de avaliação à distância de vestígios de petróleo (líquido ou gás) no mar ou em terra.

Graças a essa inovação, tornou-se possível “qualificar os tipos de petróleo por meio do sensoriamento remoto”, afirma Souza Filho. Ou seja, hoje podemos conhecer detalhes das características físico-químicas de vestígios de petróleo à distância, sem que amostras desse petróleo tenham que ser coletadas.

O chamado sensoriamento remoto permite, com auxílio de satélites ou aviões devidamente equipados, a análise à distância da superfície terrestre. Neste caso específico, o sensoriamento remoto é responsável pela captação e análise da radiação solar refletida pelas manchas de petróleo em várias faixas do espectro eletromagnético, desde o campo da luz visível - ou seja, em frequências em que o olho humano opera e é capaz de perceber cores, de acordo com a reflexão ou a absorção da luz refletida a partir dos objetos - até o infravermelho, em frequências mais baixas, invisíveis ao olho humano. Como as diferentes moléculas presentes na natureza absorvem diferentes frequências da radiação solar - inclusive na imensa faixa invisível a nós -, quando analisamos o espectro da radiação solar refletida por uma amostra de petróleo, podemos inferir sua composição química de acordo com as frequências em que a radiação foi absorvida.

A primeira etapa da pesquisa foi coletar diferentes amostras de petróleo e elaborar uma biblioteca de óleos. Essas amostras, então, foram caracterizadas de acordo com a análise do espectro eletromagnético. As análises permitiram que fosse feita uma relação entre esses resultados obtidos em laboratório e a densidade do óleo. “O petróleo pode ser classificado de acordo com sua composição química”, afirma Lammoglia. “Um exemplo de classificação é pelo grau API, que é uma medida de densidade relativa do óleo. Quanto maior o grau API de uma amostra de petróleo, menos denso ele é. E quanto mais ’leve’ o petróleo, maior é o valor de mercado dos seus derivados”, explica a pesquisadora.

A segunda etapa da pesquisa foi a comparação dos resultados das análises laboratoriais com a medida da luz solar refletida por uma exsudação no mar, registrada por sensoriamento remoto. Exsudações são vazamentos naturais de petróleo e gás que ocorrem na maioria das bacias petrolíferas. Na história da exploração de petróleo, muitos campos foram descobertos a partir da detecção de exsudações. “O nosso trabalho permitiu não só o mapeamento dessas exsudações por satélite, mas também a inferência do grau API dos óleos exsudados na superfície do mar”. Os resultados que os pesquisadores obtiveram pela análise espectral por sensoriamento remoto foram compatíveis com as características conhecidas da exsudação estudada, o que indica o sucesso da nova técnica.

Os benefícios dessa inovação para o país são muitos. Ganha a exploração de petróleo, que contará com análises à distância sobre a composição e, consequentemente, sobre o potencial econômico do óleo, reduzindo consideravelmente os esforços necessários para isso. E se beneficia, igualmente, a capacidade de monitoramento ambiental, já que vazamentos de navios petroleiros poderão também ser identificados e caracterizados.

“Até hoje havia detecção de exsudações de petróleo e de gás por meio de radar, mas ainda não havia uma técnica que permitisse inferir as propriedades físico-químicas do que havia sido detectado”, lembra Souza Filho. Lammoglia, que cursa seu doutorado no IG e atualmente trabalha na Petrobras, reconhece que a técnica ainda é pouco utilizada, mas “a tendência é que, com o tempo, seja mais aplicada, tanto para a exploração petrolífera quanto para o monitoramento ambiental”.

Cidades investem pouco da renda do petróleo

O incremento de receita que os royalties do petróleo proporcionam aos municípios que têm plataformas de produção na extensão do seu litoral não se reflete nos investimentos de todas as prefeituras beneficiadas.

É o que mostra o cruzamento dos dados de arrecadação de royalties e investimentos por habitante do anuário "Finanças dos Municípios Fluminenses", publicado pelo governo do Estado do Rio, com dados de 2008.

Das dez cidades fluminenses que mais receberam royalties em relação ao tamanho da população, apenas cinco figuram também na lista de maiores investimentos per capita. Mesmo assim, sem manter a proporção. Casimiro de Abreu, por exemplo, que está em 5° lugar em royalty per capita (R$ 2.799), é a 15ª em investimento: apenas R$ 371 por habitante. Carapebus, com a quarta melhor relação royalty/habitante (R$ 3.047), só investiu R$ 434 por pessoa.

Embora quatro cidades tenham recebido mais de R$ 3 mil em royalties por morador, apenas Quissamã e Rio das Ostras destinaram mais de R$ 1 mil aos investimentos. São João da Barra chegou perto: R$ 983 por morador. No entanto, arrecadou R$ 4.863 em royalties per capita.

O quarto município fluminense com maior taxa de investimento por habitante é Porto Real, no Sul Fluminense, que não é uma das cidades campeãs de royalties. Recebeu apenas R$ 4,4 milhões em 2008, R$ 280 por habitante. Ficou na 36° lugar na lista de royalties per capita, mas investiu R$ 653 por pessoa. O município é um polo da indústria automotiva.

Definidos como uma compensação aos municípios que abrigam áreas de produção de petróleo, mesmo que estejam a quilômetros da sua costa, os royalties deveriam ser usados pelas cidades para investimentos estruturantes, como escolas, hospitais, infraestrutura, recuperação ambiental ou fomento de novas alternativas econômicas.

No entanto, em vez de preparar os municípios para o futuro sem o petróleo, o aumento de mais de 300% dos repasses desde 2000 estimulou as cidades a usar os recursos para a contratação de pessoal e custeio, tornando os municípios dependentes .

No ano passado, mesmo com a redução dos repasses decorrente da queda da cotação do barril, os royalties responderam por 81% da receita de São João da Barra, 67% de Rio das Ostras e 64% de Quissamã. A última, campeã em royalties por habitante (R$ 7.843), tem o maior investimento per capita: R$ 2.132. No entanto, a cifra não chega a um terço da relação royalty/população.

Rio das Ostras aplicou R$ 114,8 milhões em investimentos em 2008, mas recebeu R$ 341,9 milhões em royalties, R$ 3.754 por habitante. Foi o segundo investimento per capita do Estado: R$ 1.260.

Nova proposta tira ‘só’ R$ 3,6 bi do Rio

A segunda tentativa de uma proposta alternativa à emenda Ibsen será apresentada hoje ao Senado e está sendo articulada por integrantes do governo e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A proposta, que não terá chancela oficial, mantém o atual pagamento dos royalties aos estados e municípios produtores, mas redistribui o montante das participações especiais (PEs) - a maior fatia do bolo - destinadas aos estados e municípios.

A parcela da União seria preservada. Dessa forma, o Rio de Janeiro continuaria tendo grandes perdas, ainda que menores em relação ao texto que foi aprovado na Câmara. Perde não só o estado, mas nove das dez cidades que hoje recebem participação especial no Rio.

A primeira proposta para "contornar" a emenda Ibsen foi uma iniciativa do próprio deputado, com receio de que seu texto original fosse rejeitado no Senado.

Foi enviado ao senador Pedro Simon (PMDB-RS) uma proposta para a União bancar as perdas do Rio. Segundo Ibsen, era uma tentativa de "perfumar o bode" do pré-sal.

A nova emenda, que será apresentada formalmente no início da tarde pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, fará com que o Estado do Rio - maior produtor de petróleo do país e que hoje recebe R$ 5,334 bilhões em participações governamentais - mantenha a receita de royalties com os campos já licitados (no pós-sal e no pré-sal), que ficou em R$ 1,709 bilhão em 2009.

Mas o estado terá de abrir mão de praticamente toda a sua receita com as PEs - que somaram R$ 3,625 bilhões no ano passado.

Fonte
Site: O Globo

Agradecimento

Caro assinante,

Gostaria de agradecer a você que optou por receber as mensagens do PortalTPG, com notícias, ofertas de emprego, cursos, concursos, eventos, entre outros assuntos.
É realmente muito importante saber que meu esforço está dando resultado positivo, pois seu interesse no PortalTPG mostra que estou no caminho certo.
Tento fazer o melhor a cada dia, claro que ainda tenho muito a aprender, mas sei que nada está sendo em vão, e que os frutos deste trabalho começam a nascer.

Muito obrigado,

Marcelo de Oliveira