21 julho 2010

China fecha porto devido a vazamento de petróleo

O porto de Dalian, um dos maiores da China, fechou na segunda-feira por causa da explosão de um oleoduto submarino, que provocou um grave vazamento de óleo, fez uma refinaria reduzir sua produção e obrigou os importadores a desviarem suas cargas para outros terminais.

O incêndio do fim de semana pode prejudicar também o embarque de minério de ferro e soja, além de gerar um debate na China sobre as regras ambientais - menos de uma semana depois das suspeitas de acobertamento das autoridades num vazamento tóxico numa mina de cobre no sul do país.

O incêndio começou na noite de sexta-feira, quando dois dutos explodiram durante o carregamento de um navio-tanque fretado pela estatal PetroChina.

Ninguém ficou ferido, mas centenas de bombeiros levaram mais de 15 horas para controlar as chamas, segundo a imprensa estatal. Cerca de 1.500 toneladas de petróleo vazaram no mar, deixando uma mancha com 183 quilômetros quadrados, dos quais 50 quilômetros quadrados de contaminação "severa".

Outros seis navios com capacidade para 12 milhões de barris (1,9 bilhão de litros) devem ser desviados para outros portos na Coreia do Sul ou China, segundo fontes do setor de navegação.

O porto petrolífero de Xingang, em Dalian, tem um depósito estratégico de 19 milhões de barris 2,27 bilhões de litros de petróleo - é um dos quatro grandes depósitos chineses já em operação. Ali funcionam também armazéns da CNPC e da PetroChina, com capacidade ainda maior.

Pontos de vazamento de gás são detectados em poço no golfo

A Casa Branca informou que foram detectados dois pontos de vazamento de gás no poço de petróleo do Golfo do México responsável pela maior tragédia ambiental dos Estados Unidos.

Na quinta-feira, a empresa British Petroleum (BP) havia estancado pela primeira vez o fluxo de óleo e gás no local. O vazamento começou a no final de abril após uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, a cerca de 80 quilômetros da costa da Louisiana.

Segundo o porta-voz do governo, Robert Gibbs, testes feitos na estrutura de contenção acusaram aspectos que exigem "atenção especial". O mais grave deles seria um ponto de vazamento localizado a 3 km da abertura principal do poço.