21 julho 2010

Pontos de vazamento de gás são detectados em poço no golfo

A Casa Branca informou que foram detectados dois pontos de vazamento de gás no poço de petróleo do Golfo do México responsável pela maior tragédia ambiental dos Estados Unidos.

Na quinta-feira, a empresa British Petroleum (BP) havia estancado pela primeira vez o fluxo de óleo e gás no local. O vazamento começou a no final de abril após uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, a cerca de 80 quilômetros da costa da Louisiana.

Segundo o porta-voz do governo, Robert Gibbs, testes feitos na estrutura de contenção acusaram aspectos que exigem "atenção especial". O mais grave deles seria um ponto de vazamento localizado a 3 km da abertura principal do poço.


Apesar de pequeno, o vazamento poderia indicar a necessidade de retirada da tampa para evitar que petróleo e gás escapem por outros lugares. Um dos temores é que seja um sinal de que gás ou petróleo estejam contaminando o solo.

Mas o almirante da Guarda Costeira Thad Allen, responsável do governo pela resposta ao desastre, afirmou que esse ponto de vazamento pode não ter relação com a tampa. Ele autorizou a BP a manter o mecanismo de contensão por mais um dia, para que sejam realizados novos testes de pressão.

O segundo ponto foi detectado na própria tampa e já era esperado. Desde que foi implantado, o mecanismo era considerado provisório. Além disso, a substância das "bolhas" que estão saindo é desconhecida. A BP informou que pode se tratar de nitrogênio, e não gás natural, o ocorreria "naturalmente", ou seja, não seria consequência do estancamento.

Impacto. A ONG ambientalista Greenpeace anunciou ontem que um de seus navios, o Artic Sunrise, vai participar de uma expedição de três meses com o objetivo de documentar o impacto do desastre na vida marinha da região. "Precisamos saber o verdadeiro impacto dessa catástrofe na natureza, assim como as razões de ter ocorrido, para que isso não se repita", afirmou em comunicado o diretor do Greenpeace nos Estados Unidos, Philip Radford.

O vazamento é considerado o pior desastre ambiental da história americana, atingindo cindo Estados. O governo calcula que tenham sido despejados entre 5,7 milhões a 9,5 milhões de litros de petróleo por dia nas águas do Golfo do México.

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