12 agosto 2010

Ministério do Trabalho aponta irregularidades na P-33

Em meio à polêmica sobre as condições de segurança na plataforma P-33 da Petrobras, sediada no Campo de Marlin, na Bacia de Campos, o Ministério do Trabalho divulgou um relatório parcial sobre o local.

A inspeção feita na plataforma P-33 em 3 de agosto encontrou 11 situações de risco para a atividade dos petroleiros e resultou em cinco autos de infração à Petrobras, além da interdição de três filtros de óleo lubrificante por falta de válvulas de segurança, segundo nota divulgada pelo órgão na noite desta quarta-feira. O relatório ainda é parcial e não detalha as irregularidades ou as punições.

Os fiscais encontraram avarias no sistema de descarga de gás de um maquinário, vazamento de vapor no separador de água e óleo em um trem de produção, um manômetro de pressão quebrado e equipamento com identificação ilegível.

Relataram também que, em pontos isolados, o piso e o guarda-corpo (grade de proteção contra queda) da plataforma estavam em estado de corrosão. Também registraram que problemas de drenagem, causados por entupimento do sistema por areia vinda de alguns poços, ajudam a espalhar água nas áreas de trabalho, que se mistura ao óleo e "leva a risco de quedas por escorregamento".

Os fiscais detectaram uso de vaso de pressão sem válvula de segurança ou com instrumento de controle "sem boas condições operacionais", o que rendeu dois autos de infração. A fiscalização constatou ainda "pórticos corroídos, calhas quebradas e fiação correndo sobre cavaletes", além de grades de pisos do turret (ligação entre os dutos que vêm do fundo do mar e os da plataforma) com trechos substituídos por tábuas de madeira, sem haver interdição de passagem.

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