12 agosto 2010

Plataforma da Petrobras: segundo sindicato, até bote de resgate está desativado, mas estatal não vê risco

Fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Marinha desembarcam nesta quarta-feira na plataforma P-33 da Petrobras, situada no Campo de Marlin, na Bacia de Campos. Eles vão avaliar as condições operacionais e de segurança do local , que apresentou problemas em equipamentos, como o filtro de óleo lubrificante, levando funcionários da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) a pedirem sua interdição.

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF) protocolou nesta terça-feira novas denúncias sobre as condições de manutenção das plataformas da Petrobras na Bacia de Campos na ANP, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, na Marinha e no Ministério Público do Trabalho, entregando a ata da reunião que houve no sábado com mais de cem trabalhadores da P-33. Segundo o diretor de Comunicação do sindicato, Marcos Breda, até o bote de resgate está desativado:

- Isso dificulta o resgate se algum trabalhador cair no mar. Se a plataforma precisar ser evacuada, há somente os barcos de apoio para fazer o trabalho.

A Petrobras negou que tenha havido uma explosão na plataforma no mês passado . O que ocorreu, segundo a empresa, foi uma falha operacional no dia 14 de julho, que teria resultado "na avaria de um duto de ar quente, em um local sem a exposição de pessoas". Em nota, a Petrobras disse ainda que "exerce suas atividades de exploração e produção com austera política de segurança, meio ambiente e saúde" e que "impõe rigor técnico nos aspectos relacionados aos equipamentos e à capacitação de pessoal". Segundo a estatal, suas atividades atendem rigorosamente às exigências feitas pelos órgãos reguladores e entidades classificadoras.

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