03 agosto 2010

BP inicia operação de vedação definitiva do poço no Golfo do México

A BP iniciou nesta terça-feira a operação de vedação definitiva de seu poço danificado no Golfo do México após concluir com sucesso os testes prévios.

O objetivo da empresa é frear um vazamento que já despejou 4,9 milhões de barris de petróleo no mar.
O porta-voz da BP, John Barnes, confirmou em comunicado que as equipes que trabalham na vedação começaram a operação por volta das 18h (hora de Brasília).
A operação consiste em empurrar o petróleo do poço para seu local de origem por meio da injeção de cimento e lama pesada. Caso não haja contratempos, o poço pode ser vedado ainda nesta semana.

A BP iniciaria ontem os testes prévios à operação, mas adiou seus planos depois de descobrir um pequeno vazamento hidráulico em um dos sistemas de controle.
O coordenador do Governo americano na luta contra o vazamento, o almirante da reserva Thad Allen, disse hoje em entrevista coletiva em Houston que as equipes conseguiram interromper o vazamento e começaram os testes por volta das 16h de Brasília.

Depois, teve início a operação de vedação, que pode se estender por entre 33 e 61 horas.
"Ainda não sabemos quanta lama pesada será necessário injetar", disse Allen, ao explicou que isso dependerá das "condições do poço", cuja resistência além do fundo do mar é difícil de prever.
No começo da operação, os engenheiros injetarão apenas um barril de lama pesada por minuto. Em função da resposta no poço, a quantidade aumentará até dois e três barris por minuto, explicou Allen.
Segundo o almirante da reserva, a partir dos 300 barris injetados, será possível avaliar o desempenho da operação.

Ainda não se sabe se a injeção de lama pesada e cimento será o suficiente para vedar definitivamente o poço.
Na segunda-feira, o vice-presidente executivo da BP, Kent Wells, afirmou que os dois poços auxiliares que a companhia está construindo podem não ser necessários caso a injeção tenha êxito.

No entanto, as autoridades federais americanas advertiram que os poços auxiliares podem ser a única forma de garantir que o petróleo fique em seu depósito original, a quatro mil metros de profundidade.
"Este desastre não estará verdadeiramente terminado até que contemos com esses poços", afirmou hoje Allen.
Por enquanto, a BP se comprometeu a terminar a construção de pelo menos um dos poços auxiliares.

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