22 janeiro 2010

O que o aumento espetacular das reservas e o avanço tecnológico nos trará de bom?

Já não há dúvidas a respeito da grandiosidade das reservas abaixo da camada do Pré-Sal, e esse crescimento fabuloso certamente nos trará muitos e muitos bilhões de dólares, sejam na forma de impostos, de investimentos, ou, principalmente, na forma de aumento de renda para quem trabalha direta ou indiretamente na Indústria do Petróleo. Neste momento, como já dissemos inúmeras vezes,  nossos maiores desafios são de ordem tecnológica, financeira e humana.
O setor petrolífero brasileiro está trabalhando duro a fim de desenvolver a mais avançada tecnologia “offshore”, área na qual já somos uma referência mundial, da forma mais rápida possível. Neste momento carecemos de equipamentos (os disponíveis encarecem dia após dia) e profissionais capacitados na quantidade que necessitamos para atender  esta inesperada e gigantesca demanda.
Imaginem que nossas reservas poderão facilmente quadruplicar, mas não esqueçam de levar em conta que este tesouro está a  350km do litoral e a mais de 6 mil metros de profundidade. Façam as contas conosco: quantos navios e barcos de apoio deverão ser construídos? Quantas das tão complexas “Árvores de Natal”? BOP.s? Quilômetros de umbilicais necessários   para explorarmos e produzirmos todo este óleo que tanto ambicionamos?
Avancemos  um pouco em nosso desafio. Quantos milhares de quilômetros de tubos sejam eles “Risers”, dutos, ou tubos flexíveis, serão necessários para podermos escoar todo este óleo? Pensem ainda em quantas sondas, plataformas e FPSO’s serão necessários somente para o Pré-Sal?
Avaliem que tipo de helicóptero teremos que dispor para transportarmos com rapidez e segurança este exército de profissionais para, muitas vezes, 350km mar a dentro. Por falar nos profissionais, questiono ainda como treinaremos milhares e milhares de pessoas, na quantidade e qualidade necessárias para atender às crescentes demandas técnicas e gerenciais, nos prazos exigidos.
Nesta nova Indústria do Petróleo os projetos serão bem mais complexos e numerosos, o que nos exigirá a capacidade para um processo decisório mais ágil e mais seguro.  Além disso, com as IOC’s (Internacional Oil Company) concorrendo entre si, os “head hunters” terão muito trabalho, e as empresas mais ainda para atrair e fidelizar seus talentos.

Com todo o desafio vislumbrado, nós estamos bastante otimistas com o futuro de nossas carreiras, e você, como se sente?

Por Mauro Kahn : Clube do Petróleo

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