22 janeiro 2010

Escoamento do petróleo da Bacia de Campos

A informação não é atual, mas acredito que vale a pena saber como funciona o PDET, Plano Diretor de Escoamento e Tratamento da Bacia de Campos.


O plano é composto por uma plataforma de rebombeio (PRA-1), duas monobóias e uma unidade flutuante de armazenamento e transferência (FSO Cidade de Macaé).


A capacidade de transferência de petróleo das cinco grandes plataformas instaladas nos três campos é de 600 mil barris de petróleo por dia.


Com investimentos de R$ 1,67 bilhão, o novo sistema de escoamento da produção da Bacia de Campos já está em fase final de implantação e responderá pelo escoamento da produção de petróleo de três campos gigantes do Norte Fluminense: Marlim, Marlim Sul e Roncador, todos localizados em águas profundas.


O custo final da obra ficou R$ 60 milhões abaixo do valor previsto de R$ 1,73 bilhão - quando a Petrobras se viu obrigada a modificar o projeto original do sistema em razão de dificuldades para obter o licenciamento ambiental necessário à construção de oleodutos terrestres.


Segundo a Petrobras, o PDET vai reduzir consideravelmente o trânsito de navios que fazem atualmente o transporte do óleo produzido nos três campos até os terminais em terra, o que dá maior segurança operacional ao escoamento da produção.A intenção inicial da empresa era escoar a produção dos campos de Marlim, Marlim Sul e Roncador por oleoduto terrestre.


A falta de acordo com o governo do Rio de Janeiro à época, e também com prefeituras levou a Petrobras a criar um plano alternativo para escoar a produção, pela urgência do projeto.


Os 600 mil barris de petróleo diários que passarão a ser escoados para as refinarias do Sudeste – localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais – equivalem hoje a cerca de 30% de toda a produção atual da Petrobras nos campos nacionais.


A inviabilidade da construção do oleoduto levou a Petrobras a criar um plano B, optando por transferir o óleo produzido em navios até os terminais de São Sebastião (SP), Angra dos Reis e Baia Grande (RJ).


As informações da Petrobras indicam que o sistema - que acabou se revelando mais barato do que a construção do oleoduto - começou a operar em novembro do ano passado com a entrada em produção da plataforma P-52, instalada no Campo de Roncador e também com a instalação da plataforma FPSO Cidade de Macaé. Com a entrada em operação da plataforma de rebombeio PRA-1, até o final de junho, o sistema passará a operar em sua plenitude.


De acordo com a Petrobras, além do óleo extraído da plataforma P-52, o sistema receberá, por dutos dutos submarinos, o petróleo produzido nas plataformas P-51 (Marlim Sul) e P-53 (Marlim Leste) – ambas ainda em fase final de construção, com previsão de entrar em produção no segundo semestre.


As plataformas P-55 e P-62, em fase inicial de construção, com previsão de produzir em 2012, também no Campo de Roncador, serão integradas ao sistema. No sistema de escoamento da produção, os dutos submarinos ligados às plataformas serão usados somente para levar o óleo de cada uma delas até a plataforma de rebombeio, uma vez que o gás produzido pelas plataformas ligadas ao Plano Diretor de Escoamento e Tratamento da Bacia de Campos será escoado por diferentes sistemas.


Enquanto a P- 52 (e futuramente a P-55 e a P-62) despacha a produção pelo gasoduto do Campo de Roncador até a Plataforma de Namorado, as plataformas P-51 e P-53 enviarão a produção de gás pelo gasoduto do Campo de Namorado até o Terminal de Cabiúnas.


Na Plataforma de Namorado tem início o gasoduto do Plano Diretor de Escoamento de Gás da Bacia de Campos (PDEG) - que leva o gás até o Terminal de Cabiúnas, em Macaé.


Fonte
Autor: Nielmar de Oliveira
Site: Agência Brasil


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