24 janeiro 2010

Falta profissional no mercado de trabalho?

Recentemente tenho recebido vários emails de um grupo ao qual faço parte, relatando a possível falta de vagas de emprego para profissionais da área de engenharia no mercado de trabalho.

Isso me lembra muito o mesmo problema que nós, estudantes ou profissionais tecnólogos em petróleo e gás, temos vivenciado bem de perto já a algum tempo.

O mercado de trabalho ainda é ignorante, no pleno sentido da palavra, o sentido de ignorar a existência de algo ou alguma coisa ou mesmo alguém, quanto ao significado da profissão de tecnólogo em p&g.

Sempre fomos posto à margem, não no sentido figurado, mas sim no sentido real, de sermos tratados como marginais no que diz respeito aos nossos direitos à uma possível vaga de trabalho ou mesmo de um simples estágio (o que eu nunca consegui!), ou seja, nunca fomos aceitos por sermos ignorados. Enfim, o fato é, que sempre foi e ainda é difícil conseguir uma vaga de emprego no mercado de trabalho, claro que existem exceções à regra, eu mesmo conheço dois profissionais que sendo tecnólogos conseguiram trabalhar na área de p&g, o Victor do Tecnopeg, e um professor que tive de Instalações Submarinas, Bruno Cypreste.

Talvez você possa estar pensando agora: "- Viu, pimenta nos olhos dos outros é refresco!". Eu digo que negativo quanto a uma afirmativa como essa, é um ledo engano pensar desta forma, pois o problema que os engenheiros vivem é exatamente o mesmo que o nosso:
  • Um mercado de trabalho competitivo;
  • Um mercado de trabalho exigente;
  • Um mercado de trabalho qualificado;
  • Um mercado de trabalho restrito;
  • Um mercado de trabalho seletivo;
  • Um mercado de trabalho competente.

O que eu entendo disso tudo, é que: 
  • A Faculdade não forma ninguém, ela informa por onde você deve seguir;
  • A Faculdade deveria interagir com o mercado de trabalho buscando atualizar as informações que são passadas aos alunos, o que nem sempre acontece;
  • Os alunos deveriam buscar mais informações sobre a carreira a qual desejam cursar, e não ficar pensando que a faculdade irá entregar tudo pronto nas mãos deles;
  • Os alunos deveriam entender que a faculdade não é uma instituição familiar, que ela não irá abrir uma porta de emprego para ele, nem mesmo um estágio, nunca, jamais, em tempo algum, isso ocorrerá. O problema é que muitos alunos ficam esperando muito da faculdade, quando o real papel dela neste contrato firmado entre as duas parte, é apenas o de qualificar didaticamente, ela apenas indica, mostra, aponta, o caminho que o aluno deve seguir, mas ele faz isso se quiser ou tiver capacidade, pois muitas vezes é realmente dificil conseguir alguma vaga de emprego no mercado de trabalho na área de p&g.
Para finalizar vejo que, pau que bate em chico, bate em Francisco, ou seja, o mesmo problema existe tanto para os engenheiros quanto para os tecnólogos, e o que devemos fazer é nos qualificar sempre e de todas as formas possíveis.

Não pense que quem consegue emprego são só os que tem QI, pelo contrário, o mercado de trabalho exigente como é, não aceitará um funcionário novo apenas porque foi indicado por Ciclano ou Beltrano, o mercado de trabalho certamente irá em cima dele como uma ave de rapina, vendo as qualidades deste funcionário, se sabe trabalhar em equipe, se sabe trabalhar sob pressão constante, se sabe liderar ou ser liderado, se tem capacidade para assumir cargos de responsabilidade, se tem caráter, se conhece a si mesmo antes de tentar conhecer o outro, enfim, e se esse simples e frágil funcionário não tiver todas essas e outras qualificações, o mercado apenas o devora e depois o rejeita.

Marcelo de Oliveira

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