15 setembro 2010

Interesse dos chineses na OGX mostra apetite de asiáticos pelo setor

O anúncio do interesse em blocos da OGX na Bacia de Campos pela Sinopec e CNOOC deverá ser apenas um dos primeiros de uma série de investimentos de empresas chinesas no setor de petróleo e gás no Brasil. É o que afirma o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) que aponta o aumento do risco do investimento para empresas como a Shell e ExxonMobil para justificar a saída dessas empresas dos negócios no País.

Segundo ele, a investida das empresas daquele lado do mundo no Brasil deverá ser mais freqüente com a aprovação do novo marco regulatório em função do aumento da estatização do setor com a mudança da Lei do Petróleo. "Como as empresas tradicionais têm as obrigações com os acionistas, um mercado com risco acaba se tornando pouco atraente. Já no caso de empresas chineses não existe essa preocupação, pois o capital é estatal", analisou ele.

Segundo Pires, se esse interesse se converter em investimento real, a OGX conseguirá mais recursos que serão aplicados na campanha exploratória. A expectativa do mercado é de que as empresas chineses aportem na subsidiária de petróleo e gás do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, cerca de US$ 7 bilhões.

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