06 maio 2010

Bom tempo ajuda combate a mancha de petróleo nos EUA


Uma frota de quase 200 embarcações enfrentava na terça-feira a mancha de petróleo no golfo do México, aproveitando o bom tempo para tentar limitar seu impacto sobre a costa norte-americana.

A empresa BP, sob intensa pressão dos EUA, luta para tampar o poço submarino de onde jorra petróleo desde a explosão que afundou uma plataforma marítima na área. O acidente levou o governo dos EUA a adiar seus planos para autorizar novas atividades de prospecção no golfo do México.

Ao mesmo tempo, parlamentares e a Casa Branca prometeram elevar de 75 milhões para 10 bilhões de dólares o limite legal de indenizações que a BP pode ter de pagar por prejuízos à pesca, turismo e outros setores. Essas indenizações não incluem o custo para a limpeza do vazamento, que segundo analistas pode chegar a 14 bilhões de dólares.

"O governo está trabalhando numa legislação para remover esse limite e ampliá-lo (...). Poderíamos chegar facilmente a 75 milhões de dólares num curto período", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

A cotação do petróleo caiu na terça-feira, e as ações da BP deram sinais de se estabilizarem, após quase duas semanas de declínio.

O mar calmo após dias de fortes ventos contribui com uma das maiores operações de contenção de óleo já realizadas. O delta do Mississippi e outras áreas na costa sul dos EUA estão ameaçados pelo vazamento no poço, de onde jorram quase 800 mil litros de petróleo por dia.

Barcos instalam ou consertam varas colocadas ao longo da costa para tentar proteger o ecossistema litorâneo.

O instituto de meteorologia Accuweather.com disse que a melhoria na condição dos ventos e ondas pode impedir a mancha de chegar à costa nos próximos dias, ou até mais. "Com as condições cada vez melhores, é animador", disse o agente da Guarda Costeira Matthew Schofield. "Não há relatos de óleo espesso na costa."

Doug Suttles, diretor de operações da BP, disse que a previsão é de que não haja impactos litorâneos nos próximos três dias.

Mas autoridades ambientais relataram uma "primeira visão" da mancha na terça-feira perto das ilhas Chandeleur, na costa da Louisiana.

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